Desde a nossa infância, somos inundados por verdades incontestáveis e crenças absolutas: se nos molharmos na chuva, ficaremos doentes; meninas brincam de bonecas, meninos brincam com bolas; meninas vestem rosa e meninos, azul; todos os homens são iguais; a combinação de manga e leite é prejudicial; crianças que não se comportam bem não recebem presentes do Papai Noel; o trabalho doméstico é exclusividade das mulheres; homens não devem demonstrar emoções!
O tempo passa, mas continuamos a não questionar essas e muitas outras "verdades" que nos foram ensinadas. Ligamos o piloto automático e continuamos a agir como se ainda fôssemos crianças. Isso ocorre devido à nossa falta de maturidade e senso crítico, pois não fomos incentivados a questionar.
Essa não é apenas uma questão de apoiar o feminismo ou combater o machismo. É uma defesa da nossa capacidade de pensar e reavaliar nossos próprios valores. No universo em constante mutação, o que ganhamos sendo tão inflexíveis e preconceituosos? Provavelmente nada! Na verdade, perdemos, pois deixamos de vivenciar novas e enriquecedoras experiências.
No entanto, precisamos ter cuidado para não nos tornarmos seres cada vez mais contraditórios. Se sou homem, como posso desejar ter sempre a última palavra e estar ao lado de uma mulher submissa que não questiona meus gostos ou atitudes, enquanto simultaneamente almejo uma mulher inteligente, bonita, companheira e doce? Se sou mulher, como posso esperar um homem sensível, inteligente, amigo e honesto, se não permito que ele demonstre sua verdadeira coragem ao chorar em meu ombro quando necessário?
Comentários
com alguma coisa,que não tem momentos de insegurança,que resolvem tudo rapidamente mesmo aos olhos de algumas mulheres um homem sensivel ainda soa como gay .